Timor Post – O Centro Audiovisual Max Stahl Timor-Leste (CAMSTL) realizou na sexta-feira (17.03) um mini-seminário com o tema “Juventude de Ontem”, para refletir sobre os 25 anos do falecimento de um dos líderes da Resistência, Nino Konis Santana.
Nino foi o comandante das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) de 1993 a 11 de março de 1998, dia em que faleceu, em Ermera, na sequência de complicações de saúde.
Eudicitio Pinto, Diretor-executivo do CAMSTL, disse na abertura da conferência que o CAMSTL conseguiu, através deste evento, reunir as gerações anteriores e as novas para partilhar conhecimentos, experiências e histórias reais. “Sem história, não há liberdade, não há pátria e não há nação. A história vem do passado. O presente também vem do passado”, observou Eudicitio.
Os “jovens da Resistência” – Domingos da Câmara, atual Diretor-Geral do Serviço Nacional de Inteligência (SNI) e Joana Dias, analista num laboratório do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) – partilharam opiniões com outros jovens, estudantes universitários, do ensino básico e secundário geral sobre o processo da luta pela libertação nacional.
Na perspetiva de Domingos, o grupo de “jovens de ontem” divide-se em três períodos: da colonização, da ocupação e da independência. “Aqueles das duas primeiras épocas não tinham facilidade em aceder a escolas. Por exemplo, na ocupação, só havia lugar para pensar em estratégias para combater o inimigo”, esclareceu o diretor do SNI.
Joana defendeu que foram muitas as mulheres que também contribuíram para a luta da libertação. Algumas foram vítimas de tortura e violação sexual. “Felizmente, neste momento, as mulheres olham para as referências do passado e lutam por oportunidades de trabalho em instituições públicas ou privadas e até para ocuparem nos cargos de chefias”, contextualizou.
Guerson Ribeiro, por sua vez, um dos participantes no evento, considerou que é importante as novas gerações saberem a própria história. “A história essencial de Timor-Leste pode ser o novo modelo para o desenvolvimento desta nação. Então, as novas gerações devem estudar para que, no futuro, sejamos peças-chave deste país”, concluiu Guerson.
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