RAEOA – A comunidade e o Posto de Saúde de Bimelo, da aldeia de Bihala, no suco de Bobokase, em Pante Makassar, na Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno (RAEOA) não têm acesso a água e as estradas.
Segundo a Coordenadora do Posto de Saúde de Bimelo, Carlota da Cruz Pui, a falta de acesso a água e a infraestruturas básicas é o problema principal da região.
Esta unidade de saúde já recebeu, no entanto, o apoio do Serviço de Água e Saneamento (SAS) da RAEOA.
“Não tínhamos ultimamente acesso a água. Contudo, recebemos, nos últimos três meses, o apoio do SAS. Além disso, a comunidade não tem acesso a estradas, o que lhe causa problemas, sobretudo na época da chuva. Por exemplo, quando pretendem levar os seus filhos à imunização”, afirmou Carlota Pui aos jornalistas, na terça-feira (20/10).
Também Sebastião Cob, o líder local de Bobokase, disse conhecer os problemas enfrentados pelos seus habitantes e Posto de Saúde. Conta que a população caminha inúmeros quilómetros para aceder à água que é canalizada diretamente da fonte.
O responsável referiu, contudo, que a própria população se esforça para ter acesso a este bem, apesar de o SAS fornecer uma vez por semana água ao posto em causa.
“Chove menos este ano. Os poços de água secaram. As estradas encontram-se em mau estado. São precisas muitas horas de modo a comunidade se deslocar para esta unidade de saúde. Pior ainda, quando entrarmos na época da chuva”, lamentou.
De acordo com o líder comunitário, a falta de acesso a estradas dificulta seriamente a deslocação destes habitantes, sobretudo as grávidas.
“Ligam para a ambulância, mas antes de esta chegar ao local, as parturientes já entraram em trabalho de parto em casa devido à longa distância”, referiu.
Acresce, para Sebastião Cob, que, embora as suas preocupações já tivessem sido apresentadas às autoridades da RAEOA, é necessário muito tempo para resolver o problema, pois as autoridades estão a dar assistência a todos os cidadãos do enclave.
Já Marnilia Colo, habitante de Bihala, se mostra entristecida por ter de fazer muitos quilómetros para ter acesso a água.
“Precisamos de caminhar muitos quilómetros e de nos empurrar para conseguirmos ter acesso a ela”, concluiu. (res)
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