(Reportagem Rosa Garcia)
DÍLI— A esposa do Primeiro-Ministro, Isabel da Costa Ferreira, disse, esta quarta-feira (09/06), ao Timor Post, que o Padre João Felgueiras é um “missionário, mestre, professor e bom pastor”.
“Amando, educando e formando, conseguiu reunir no seu rebanho milhares de cristãos responsáveis, ativos, solidários e participativos nas nossas famílias e comunidade.
De acordo com Isabel Ferreira, o Padre Felgueiras também a ajudou na sua formação de jurista e ativista dos direitos humanos, dando bons exemplos de evangelização, de visita aos doentes, aos reclusos, aos idosos e aos mais carenciados e “demonstrando na prática e no labor as Obras de Misericórdia Espirituais e Corporais, defendidas pela Doutrina social da Igreja Católica e catequese dos nossos filhos, Lola, Quesadhip e Tamarisa”.
“A sua presença, orientação e ensinamentos ficam gravados no coração das pessoas, edificadas em humanismo, carácter e fé, pelo que assinalar o dia do seu aniversário constitui para mim e para a minha família uma ocasião de grande regozijo e agradecimento a Deus Nosso Senhor pela benção de ter podido partilhar consigo momentos inesquecíveis”, afirmou.
Isabel felicita ainda o Padre João Felgueiras pelo seu 100.º aniversário.
Já Bruno Lencastre, Coordenador do Projeto do Parlamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), disse ter conhecido o Padre João Felgueiras, quando chegou a Timor-Leste, em 2007, tendo-o visitado no Centro Juvenil Padre António Vieira.
“O Padre João é, sobretudo, um homem bom. Um homem que se preocupa com o outro e que nutre um amor imenso pelo seu semelhante e que se preocupa com a construção e crescimento interior permanente daqueles que o rodeiam. Um homem humilde, como todos os sábios, que nunca se desviou daquilo que verdadeiramente importa”, afirmou.
Também Bruno desejou os parabéns ao Padre João Felgueiras pelos seus 100 anos de vida.
Biografia
O Padre João Vasconcelos Baptista Felgueiras nasceu em Caldas das Taipas, em 9 de junho de 1921 e é um padre jesuíta português, com uma larga dedicação ao povo timorense na época das perseguições indonésias.
Estudou no seminário de Guimarães. Aos 21 anos, foi admitido na Companhia de Jesus e aos 29 anos ordenado.
Em 1971 veio para Timor para ocupar o cargo de vice-reitor do seminário da diocese de Díli. Foi professor de língua portuguesa no Externato de São José, onde ensinou muitos intelectuais timorenses atuais, como Rui Maria de Araújo. Após a invasão indonésia de 1975 decidiu permanecer em Timor, sendo vigiado pelas autoridades indonésias.]
Em 2006, lançou o livro Nossas Memórias de Vida em Timor, escrito conjuntamente com José Alves Martins. A obra descreve todos os acontecimentos de Timor-Leste desde 1975 até à atualidade. Vive ainda em Timor, onde quer morrer. (Leio outras notícias completas em Português com explicação do vocabulário no jornal Timor Post)
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