Díli- O Presidente-Executivo da Fundação Cristal, Agostinho dos Santos, pediu ao Governo que fossem alocados fundos suficientes ao Banco Nacional de Comércio de Timor-Leste (BNCTL) para que conceda empréstimos ao ensino superior privado.
“Caso não haja subsídios suficientes [para instituições superiores privadas], pedimos ao Governo que aloque dez milhões de dólares ao BNCTL para podermos ter acesso aos empréstimos. Esta ajuda permitirá melhorar quer as condições físicas quer a capacitação dos docentes”, afirmou ao Timor Post, na segunda-feira (02/12), em Balide, Díli.
Agostinho dos Santos lembrou ainda que o Executivo fez exigências no sentido de o ensino superior garantir uma melhor qualidade da sua educação, investindo mais nos recursos materiais e humanos.
“Sabemos que os pais têm investido muito para garantir os estudos dos seus filhos no estrangeiro, como acontece na Indonésia. Gastam quase sete a oito mil dólares [por estudante], o que significa que gastamos muito dinheiro nos estudos lá fora”, afirmou.
Segundo Agostinho dos Santos, o Governo envia anualmente 40 milhões de dólares para efetuar o pagamento de propinas aos bolseiros que residem no estrangeiro, significando um investimento para os países que acolhem os alunos estrangeiros.
“Por que é que o Governo não disponibiliza alguns fundos no banco para que o ensino superior em Timor-Leste, com cerca de 15 instituições, possa usufruir deles para melhorar a qualidade dos seus recursos materiais e humanos?”, questionou.
Para o dirigente, Timor-Leste já deveria ter assegurado um melhor funcionamento das instituições de ensino, evitando, deste modo, a fuga de estudantes para o estrangeiro.
“Como parceiros, pedimos ao Governo que aumente o subsídio e nos dê crédito. O mesmo deveria suceder-se com as escolas privadas. Assim, o Estado pode reduzir o número excessivo de bolseiros timorenses a estudarem no estrangeiro”, concluiu Agostinho dos Santos. (ono)
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