DÍLI- Feliciano Soares, coordenador do Fórum da Juventude Marginalizada (FJM), revelou que os resultados de um estudo da Parceria de Educação da Sociedade Civil (CSEP, em inglês) realizado em colaboração com a FJM, apontam para uma percentagem significativa de jovens que abandonam cedo a escola.
A pesquisa foi levada a cabo em 2019 em 11 sucos dos municípios de Aileu, Ainaro, Baucau, Bobonaro, Liquiçá e Manatuto. Centrou-se essencialmente nos jovens marginalizados provenientes das áreas rurais com a finalidade de efetuar o levantamento dos principais desafios e constrangimentos.
“O resultado da nossa pesquisa mostra que 36% dos jovens abandonaram precocemente a escola. De acordo com as respostas obtidas, o principal motivo do abandono escolar é o fator financeiro”, disse Feliciano, esta quarta-feira (09/12), aos jornalistas no salão Esperança, em Delta, Díli.
O coordenador referiu ainda que, segundo a investigação, além do abandono escolar precoce, 46% dos jovens que concluíram o ensino secundário não ingressaram no ensino superior. O estudo aponta como principal razão o casamento precoce, em particular de jovens do sexo feminino.
“Após a pesquisa, foi percetível o número elevado de jovens que se casaram muito cedo, facto que se prende com a nossa cultura que adota, como sabemos, o sistema patriarcal”, referiu.
Ainda no que se refere ao estudo, Feliciano acrescentou que 73% dos jovens possuem um rendimento mensal abaixo dos vinte dólares americanos, quantia esta escassa para fazer face às necessidades básicas dos seus familiares. (ono)
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