DÍLI- As autoridades locais de Kampung Alor estão preocupadas com as atitudes de provocação e apedrejamento dos jovens durante a noite, que provocam medo na comunidade, não a deixando dormir.
A Chefe do Suco de Kampung Alor Alcina Santos contou que os apedrejamentos acontecem frequentemente por volta das duas horas da madrugada, obrigando a população a contactar os líderes comunitários e o Conselho de Policiamento Comunitário (CPC).
“No meu suco, na aldeia 03, são constantes, desde 23 de setembro, os apedrejamentos durante a noite. Não sabemos por que razão. Perguntei-lhes se os apedrejamentos se deviam a terras ou a mulheres”, disse Alcina Santos, esta terça-feira (13/19), após a formação de mulheres do CPC, em Caicoli.
De acordo com Alcina Santos, apesar de estar a ser tratado pelas autoridades do suco e CPC, o problema mantém-se.
“Ainda ontem à noite, habitantes da aldeia 03 me telefonaram para ir resolver o problema dos apedrejamentos”, lembrou, acrescentando que nem mesmo a presença da polícia impede o lançamento de pedras.
“Não sabemos qual a origem dos apedrejamentos, se ocorrem apenas entre jovens ou se estes têm o apoio de alguém. Neste momento, estamos a procurar os autores”, disse.
Reconhecendo o problema, o Segundo Comandante do Município de Díli da Polícia Nacional de Timor-Leste, o Superintendente Euclides Belo, explicou que ocorrem atualmente casos de perturbação da ordem pública em alguns bairros, tendo o Comando já orientado a Polícia Comunitária para efetuar reuniões com as autoridades locais e sensibilizar a comunidade, porque muitos distúrbios têm como origem menores.
O comandante apelou, como tal, aos pais para controlarem os filhos à noite.
“As crianças estão sob controlo dos pais, que não podem abandonar os filhos na estrada até às quatro horas da madrugada. Pedimos, por isso, que a comunidade na capital controle os filhos”, disse Euclides Belo, esta segunda-feira (12/10), em Caicoli.
Segundo o superintendente, em caso de perturbação da ordem pública, a polícia detém tanto os menores como os pais.
“Os conselhos dos pais têm de contribuir para a estabilidade. Não podem abandonar os filhos, com 12 anos, como delinquentes”, alertou. (res)
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