DÍLI (Timor Post) – A operadora de telecomunicações Timor Telecom (TT) considera que a decisão do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura (MESCC) em oferecer cartões de recarga telefónica (pulsa) aos estudantes de instituições universitárias não está devidamente esclarecida.
“Segundo o MESCC, serão disponibilizados, durante seis meses, pulsa aos jovens estudantes, mas estes começaram já a frequentar as aulas presenciais. O problema reside no facto de não termos sido esclarecidos quanto à forma como será concretizado o apoio. Ainda não recebemos nenhuma carta do ministério a anunciar a tal ajuda prestada aos estudantes”, disse o diretor da informação da TT, Ladislau Saldanha, ao Timor Post, esta quarta-feira (10/11), via telefone.
O dirigente lembrou que a TT recebeu uma lista com mais de 40 mil estudantes, pelo que o MESCC deverá despender ao todo cerca de 410 mil dólares americanos para garantir a entrega de cartões de recarga telefónica a todos os universitários.
Segundo o responsável, apesar de o ministério e a operadora de telecomunicações terem formalizado já o acordo, é necessário que o MESC faça chegar à TT uma missiva que dê luz verde à iniciativa.
“A TT ofereceu já pulsa aos estudantes durante o primeiro mês do ano, porque foi emitida uma carta a autorizar o MESCC a avançar com o apoio. Infelizmenente, após o primeiro mês, deixou de ter continuidade”, contou.
Já a membro da Comissão C, que trata dos Assuntos de Finanças Públicas, no Parlamento Nacional (PN) Isabel Ximenes explicou que o Governo criou o Fundo-Covid-19 para responder às situações de emergência, incluindo a disponibilização de carregamento de saldo de modo a facilitar o ensino a distância.
No entanto, a parlamentar considera que o apoio concedido veio demasiado tarde, com as aulas presenciais em pleno funcionamento.
“Voltámos à normalidade. Neste momento não sei até que ponto a oferta de pulsa constitui uma necessidade premente numa altura em que os estudantes frequentam já as aulas presenciais. Será que [o apoio] tem alguma utilidade?”, questionou. (jho)