Díli- Mateus Pinheiro, o presidente da Junta Médica do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), mostra-se satisfeito com o plano do Governo para a construção de uma unidade de cardiologia neste centro hospitalar, mas adverte que serão necessários meios e equipamentos.
O responsável da Junta Médica referiu ainda que a construção deste centro será também benéfica para a cirurgia no país, ainda mais nesta situação pandémica da covid-19, que obriga outros países a vedarem o tratamento dos doentes timorenses.
Mateus sugeriu, contudo, ao Ministério da Saúde (MS) que apetrechasse a unidade de cardiologia com os meios e equipamentos adequados.
“O problema é não termos meios e os equipamentos completos. Em relação aos recursos humanos, podemos enviar pessoas para estudarem durante um ou dois anos [no estrangeiro]”, disse esta segunda-feira (16/11), aos jornalistas, no seu local de trabalho, no HNGV, em Díli.
O dirigente defendeu ainda a sustentabilidade do investimento nesta unidade.
“A questão da sustentabilidade deve ser bem ponderada. Não podemos pôr o centro em funcionamento apenas hoje e parar no próximo mês. Ou possuir hoje medicamentos e deixar de os ter no futuro. É algo que não é bom, se quisermos reduzir a transferência de doentes para o estrangeiro”, recomendou.
O presidente sublinhou ainda que a maioria dos pacientes transferidos sofre de problemas cardiovasculares e oncológicos. Sugeriu, como tal, ao Governo que criasse também um centro de oncologia para que possa ser dada resposta a doenças de cancro.
“Enviamos os doentes com qualquer tipo de cancro para o estrangeiro para efetuar tratamentos, caso preencham os critérios de nacionalidade timorense, possuam passaportes e estejam em idade ativa. Uma pessoa com idade superior a 70 anos não será admitida para tratamento na diáspora”, explicou. (res)
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