DÍLI- O Chefe da Bancada da Fretilin, Francisco Miranda Branco, disse que este partido nunca teve sede de poder, mas está preocupado com “a cultura de formar e destruir o Governo” levada a cabo pelo Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT).
“A Fretilin não está com sede de poder, mas preocupada com a situação no nosso país. A cultura de formar o Governo e destruir o Governo. Quem é que é vítima? A vítima é o povo e o país. Então, com o espírito de responsabilidade para com o povo e a nação, a Fretilin aceitou o poder, as consequências e a responsabilidade de viabilizar este Governo”, disse Francisco Branco aos jornalistas, esta sexta-feira (09/10), no Parlamento Nacional (PN).
Segundo Francisco Branco, a Fretilin lamenta as verbas levantadas do Fundo Petrolífero pelos governos do CNRT.
“Lamentamos a governação do CNRT, que, durante mais de dez anos, gastou do nosso Fundo Petrolífero mais de 14 mil milhões de dólares americanos. As nossas necessidades básicas, como a água canalizada na capital, não chegam à comunidade. Pensamos, por isso, que é melhor o CNRT assumir as consequências e se sentar como oposição”, referiu.
Francisco Branco recordou ainda a contratação dos juízes portugueses, que foram expulsos em 2014.
“[O CNRT] Contratou 40 juízes portugueses para ajudar a consolidar o nosso sistema judicial. Quando os magistrados descobriram alguns erros do Governo, obrigou o Parlamento Nacional a emitir uma resolução para mandar embora os juízes. Hoje em dia, o CNRT questiona o Tribunal, o Presidente da República e o Governo. Então eles é que estão certos. Todos os outros é que estão errados”, afirmou.
O dirigente da bancada acrescentou que a Fretilin sempre teve oportunidade para governar, mas as manobras do CNRT não permitiram a sua governação.
“Oportunidades sempre houve. Sempre ganhámos. Nunca perdemos, mas sempre houve manobras do CNRT para não podermos governar. Pensamos que não podemos criar polémicas neste país, porque o povo precisa do desenvolvimento nacional”, frisou.
O Vice-Chefe da bancada do CNRT, Patrocínio Fernandes, disse, por sua vez, que foi “uma sorte o CNRT retirar-se da coligação da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) para a Fretilin aproveitar para governar”.
As declarações de Patrocínio surgiram na sequência de Francisco Branco ter saudado e cumprimentado, na votação global final do OGE 2020, a bancada do CNRT, pedindo que aceitasse a sua realidade política atual como oposição.
“[A Fretilin] Já não aguentava ser oposição. Estava com demasiada sede de poder. Não cumpriu as leis e ultrapassou-as para governar rapidamente. Se não aproveitasse, poderia nunca mais governar. No início deste debate [OGE de 2020], esperava uma palavra de agradecimento da Fretilin ao CNRT, porque foi uma sorte o CNRT se retirar desta coligação da AMP e a Fretilin chegar rapidamente ao Governo. Se não, desde o início da sua vida, a Fretilin só ficava a chupar no dedo. Aproveitou, como tal, para entrar rapidamente no Governo”, destacou. (jry)
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