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Timor-Leste sem retorno económico a curto e médio prazo

Timor Post - Jeral
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Díli – Timor-Leste não terá nenhum retorno económico a curto e médio prazo que permita aos cofres do Estado arrecadar receitas, disse, na quinta-feira (10/09), o economista Manuel Tilman.

“Em termos económicos, o país sofrerá a curto e médio prazo, facto que impedirá um possível retorno da economia, nomeadamente na entrada de receitas para os cofres do Estado”, afirmou Manuel Tilman aos jornalistas, na Praia dos Coqueiros.

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De acordo com Tilman, é crucial impulsionar o desenvolvimento económico de Timor-Leste face à economia poderosa dos seus países vizinhos, como a Austrália, Indonésia e a restante região asiática.

O economista lembrou, contudo, que todos os países estão a passar por uma crise económica sem precedentes justificada pelo surto pandémico provocado pelo novo coronavírus que obrigou os Estados a imporem fortemente medidas restritivas.

“Temos a sorte de possuirmos ainda um Fundo Petrolífero (FP). Recordo que o Primeiro-Ministro e os seus membros efetuaram já quatro levantamentos deste fundo. Contudo, acho que o fundo já não consegue suportar muito mais e rapidamente se esgotará”, referiu, fazendo, por isso, um apelo ao Governo para que mantenha o seu apoio à petrolífera Santos no sentido de avançar com a exploração de cinco novas fontes petrolíferas do campo de Bayu Undan.

Tilman sublinhou igualmente a necessidade de o Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) apostar quer na produção de arroz quer na reabilitação do sistema de irrigação, medidas que viriam a beneficiar a economia local. Em relação ao arroz, afirmou que, caso o Governo se comprometesse ativamente a aumentar esta produção nos próximos dois anos, deixaria de importar produtos do Vietname.

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“Vender os nossos próprios produto constitui uma alternativa para recuperar a nossa débil economia. Não podemos continuadamente efetuar levantamentos do Fundo petrolífero”, explicou.

Além da aposta séria na produção de arroz, o MAP, como refere o economista, deverá sem demora reabilitar o sistema de irrigação nos municípios de Aileu, Ainaro, Bobonaro, Baucau, Lautém e Manatuto por forma a garantir o desenvolvimento e a promoção dos produtos locais.

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Também Camilo Ximenes, académico da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), defende a importância de o Executivo investir nas áreas produtivas com vista à recuperação da economia do país.

“As mudanças operadas devido à conjuntura política, a escassez da circulação da moeda e a falta de concursos públicos resultam das crises política e sanitária, que afetaram a economia do país. Como é sabido, o orçamento destina-se apenas ao pagamento dos salários dos funcionários. Todo este cenário conjugado constitui um enorme problema”, afirmou o académico ao Timor Post, na quinta-feira (10/09), em Caicoli.

Apesar da sua visão pessimista, o académico mostra-se esperançado de que o Orçamento Geral de Estado de 2020 possa ser aprovado pelo Parlamento Nacional, facto que inverteria o estado atual da economia interna.

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Segundo Camilo, para que a economia do país possa de novo erguer-se, o Executivo deverá apostar num plano astucioso que catapulte o setor da agricultura, apostando no desenvolvimento das cooperativas.

“Para garantir a recuperação económica, é preciso que o Governo invista no setor agrícola e promova ações de formação junto dos agricultores timorenses, visto que continuam a utilizar mecanismos tradicionais, e o sistema de irrigação é bastante rudimentar”, disse.

Camilo Ximenes sugeriu, entretanto, ao Governo que seguisse o exemplo do grupo UNIJMA Pro-RDTL na forma como exemplarmente tem efetuado a plantação de arroz.

O académico acrescentou que, caso o OGE de 2020 seja aprovado, o Executivo deverá sem hesitações investir nas áreas chave em resposta às preocupações de toda a população. (mj1)

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