DÍLI – O académico da Universidade da Paz (UNPAZ) Adolmando Amaral sugeriu ao Governo que invista em áreas alternativas do setor agrícola, em especial na produção de baunilha, de modo a gerar receitas para os agricultores.
Segundo Adolmando Amaral, caso sejam produzidos apenas milho ou mandioca, estes produtos serão só escoados localmente, sendo necessária uma produção que possa ser vendida no mercado internacional.
“Devemos usufruir dos terrenos agrícolas existentes, nomeadamente em Maliana e Natarbora, investindo no cultivo de baunilha, que é muito procurada e cara no mercado [internacional]. O nosso problema é complicado, pois nem conseguimos responder às necessidades dos consumidores [em Timor-Leste]. Gastámos um orçamento avultado na compra de vários tratores, mas sem resultados visíveis”, disse.
O académico defende ainda que, para se desenvolver o setor agrícola, são necessários conhecimentos sobre o solo e devia ser ponderado o tipo de produtos cultivados pela maioria da população timorense, que vive da agricultura.
“Caso queiramos exportar, devemos explorar quais os produtos a serem desenvolvidos conforme as necessidades de consumo no mercado internacional. Podíamos, como tal, aproveitar o potencial dos solos para o cultivo de produtos em menor quantidade, mas com um preço mais elevado”, sustenta o académico.
Para concretizar este objetivo, Adolmando Amaral sugeriu ao Executivo uma redução na dimensão do VIII Governo, criando ministérios relevantes para as necessidades agrícolas.
“A meu ver, resta apenas ao atual Governo, com 43 membros, um ano e meio. Duvido [da eficácia] desta composição, que é demasiado extensa. Ninguém vai fazer milagres. Sugiro, por isso, ao Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, que simplifique a estrutura governativa conforme a nossa capacidade orçamental e esteja atento às necessidades prioritárias do povo”, frisou.
“Era desnecessária a criação dos cargos de vice-primeiro-ministro e de várias secretarias de Estado. O melhor seria concentrar-se nos setores de educação, agricultura, comércio e infraestruturas, esperando criar um Governo de maior dimensão em 2023, depois das eleições. O tempo já não chega, quanto mais com um orçamento incerto”, concluiu o académico. (yto)
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