Díli- A Ministra da Saúde, Odete Maria Freitas Belo, disse que, além da covid-19, o ministério está também preocupado com o surto de dengue e outras doenças no país.
Segundo a nova ministra, a covid-19, pelo fácil contágio e gravidade, concentrou os esforços das autoridades de saúde timorenses.
“Quando a covid-19 apareceu, ficámos atentos a esta doença global. Caso não o fizéssemos, o contágio seria grande e poderiam registar-se mortes. Canalizámos, por isso, todos os esforços e recursos para esta doença”, afirmou aos jornalistas, na segunda-feira (01/05), em Caicoli.
No entanto, segundo a ministra, devido ao novo coronavírus, programas importantes do Ministério da Saúde foram esquecidos.
“Por vezes, alocámos todos os recursos para a Covid-19 e esquecemo-nos de alguns programas importantes. Temos de estar atentos ao dengue. Não morremos de covid-19, mas há crianças a morrer de dengue. Não queremos que isto aconteça”, disse.
Recordando a flexibilidade das medidas adotadas neste terceiro estado de emergência, a ministra disse que seriam revistos os programas de prestação de serviços junto da população.
“Quero sublinhar a flexibilidade da terceira etapa do estado emergência para os profissionais. Não podemos ficar parados. Temos de voltar aos programas que deixámos para que a nossa comunidade receba cuidados de saúde”, concluiu.
Já 710 casos de dengue em Díli e sete mortos
A Diretora-Executiva do Serviço de Saúde do Município de Díli (SSMD) revelou que o número de casos de dengue na capital subiu para 710 e a doença tirou já a vida a sete crianças, desde janeiro deste ano.
“Os casos de dengue têm aumentado, em Díli, e já chegaram aos 710. Sete perderam vida”, avançou Agostinha Segurado aos jornalistas, após uma ação de divulgação do Plano de Ação da Comunidade de Saneamento e Higiene (PAKSI, em tétum) junto das autoridades locais do suco de Caicoli, na passada quinta-feira (28/05, no Posto Administrativo de Vera Cruz.
Questionada sobre a intervenção do SSMD para a contenção da dengue nas áreas afetadas, a diretora falou em várias medidas tomadas pelas autoridades de saúde.
“Mantemos a intervenção, através das ações de divulgação de informação sobre a dengue, a fumigação para combate aos mosquitos e a distribuição de larvicidas. Os químicos são ainda suficientes”, afirmou.
Também o Chefe do Departamento de Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, José Moniz, confirmou que o stock de equipamentos e larvicidas para o combate à dengue é suficiente.
“Os larvicidas ainda são suficientes para responder provisoriamente à prevenção da dengue, pois recolhemo-los das áreas onde não os precisam”, afirmou.
“A intervenção está a decorrer. O Município de Díli é a área com maior risco de dengue, seguindo-se os municípios de Ermera, Covalima, Baucau e Liquiçá”, concluiu. (jry)
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