Díli- O Ministro da Agricultura e Pescas (MAP), Joaquim José Gusmão dos Reis Martins, disse que a produção local é insuficiente para fazer face às necessidades básicas alimentares da população durante a vigência do estado de emergência.
“A nossa produção tem sido manifestamente insuficiente para responder às nossas necessidades. A colheita de [arroz de] 2019 registou apenas cerca de 15 mil toneladas”, afirmou o ministro, na passada quinta-feira (30/04), aos jornalistas, no edifício do Ministério das Finanças, em Aitarak-Laran, Díli.
Joaquim Martins adiantou ainda que o MAP está a efetuar um levantamento no sentido de identificar os locais para a colheita de 2020.
“A meu ver, a colheita deste ano, em todo território, poderá atingir as 40 mil toneladas”, disse.
O ministro recordou ainda que um fungo causou recentemente prejuízo a diversas culturas tanto em Manatuto como em Maliana, o que poderá levar a uma eventual redução face ao período homólogo do ano anterior.
“Só poderemos conhecer o resultado concreto após efetuarmos toda a colheita”, afirmou.
Joaquim Martins alertou ainda que a doença da covid-19 devia servir de lição para Timor-Leste procurar intensificar a sua produção agrícola no futuro.
“O país tem investido muito pouco na área agrícola. Se tivéssemos antes alocado verbas consideráveis a este setor, não estaríamos agora a enfrentar dificuldades e teríamos sido autossuficientes a nível alimentar”, afirmou.
“Temos de melhorar as condições [relativas ao setor agrícola]. O MAP não tem fundo disponível. Como é sabido, a atual situação é colmatada através do Fundo Covid-19”, referiu.
De acordo com o ministro, embora as lojas de produtos locais agrícolas registem abundância de fruta, há falta de arroz, na medida em que a colheita de 2020 está ainda por iniciar.
“Começamos a colheita em abril e maio. Aguardamos, pois, o resultado após se efetuar o processo de secagem e de descascar”, concluiu. (jmy)
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