DÍLI (Timor Post) –Vários cidadãos residentes na aldeia de Mantane, Suco de Lauisi do Município de Aileu rejeitam a entrega dos seus terrenos ao Governo para a construção do futuro projeto da Cidade Universitária de Aileu. Os mesmos alegam tratar-se de uma herança comunitária.
A proprietária Elsa Xavier revelou que, além de ser herdeira do terreno, é o único meio de sobrevivência para a sua família residente e seus descendentes.
“Há 29 agregados familiares que residem neste local. Temos 16 hectares de terreno e, até à data, nunca recebemos nenhuma compensação do Estado nem assinámos qualquer contrato com o Governo”, disse Elsa, esta terça-feira (21/12), aos jornalistas, em conferência de imprensa, no Município de Aileu.
Segundo Elsa, o Governo pretende que os proprietários em causa deixem os terrenos para aí erguer o futuro complexo universitário de Aileu.
“O Governo não tem nenhuma consideração em nós e trata-nos como se fôssemos cidadãos estrangeiros. Podemos ir à procura de uma vida melhor nas cidades ou noutras paragens, mas, no regresso, temos de viver na nossa própria terra e não na propriedade do Estado. Não vamos, por isso, permitir que deixemos o nosso terreno para o entregar ao Estado. Em último recurso, caberá o Tribunal decidir”, frisou Elsa.
Recorde-se que o Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, na presença de alguns membros do Governo, autoridades e comunidade de Aileu, lançou oficialmente, esta terça-feira (21/12), a primeira pedra da construção.
No seu discurso, o Chefe do Governo pediu à comunidade afetada que colabore com as partes relevantes no sentido de levar por diante o projeto de construção da futura cidade universitária levado a cabo pelo VIII Governo Constitucional. (ono)
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