DÍLI (Timor Post) – O Ministério da Saúde (MS) mantém a transferência de doentes com patologias graves para o estrangeiro para receberem tratamentos médicos motivada pela escassez de meios e equipamentos do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV).
O diretor-geral do Serviço Corporativo do MS, Marcelo Amaral, falava aos jornalistas, esta terça-feira (23/11), no seu local de trabalho, em Caicoli, Díli.
No sentido de pôr cobro às lacunas do centro hospitalar, Marcelo referiu que o ministério propôs uma verba de 65 milhões de dólares americanos do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2022 para fazer face às necessidades. No entanto, refere, o Parlamento Nacional (PN) acabaria por fazer baixar a verba para 52,1 milhões de dólares.
“Propusemos um montante que no nosso entender cobria todas as despesas previstas em virtude do custo elevado dos tratamentos hospitalares realizados no estrangeiro. É gasto mensalmente cerca de um milhão de dólares, o que significa que, durante um ano, as despesas ascendem a 12 milhões. Com a proposta de redução por parte do parlamento, dificilmente conseguiremos assegurar a transferência de doentes além fronteiras”, disse o diretor.
O dirigente lembrou ainda a dificuldade de o Governo criar, em breve, unidades de diferentes valências, nomeadamente unidades de oncologia, cardiovascular, entre outras, devido à falta de meios e equipamentos sofisticados para responder a todas os doentes.
Apesar de todas as contrariedades, salientou que o HNGV possui já um centro de hemodiálise destinado a prestar atendimento aos doentes com insuficiência renal.
“Se querem tanto reduzir as despesas relativas ao tratamento efetuado no estrangeiro, devemos apostar seriamente no setor da saúde. Sem investimento, o Governo terá de aumentar as verbas todos os anos”, sublinhou.
Acrecentou que o MS transfere, anualmente, doentes timorenses para centros hospitalares estrangeiros, nomeadamente para a Indonésia, Singapura e Malásia. (res)
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