Díli (Timor Post) – O ex-Presidente da República, José Ramos Horta, considerou que a consolidação da paz é uma condição sine qua non para Timor-Leste aderir à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, em inglês).
O Nobel da Paz afirmou que a adesão de Timor-Leste à ASEAN obriga o país a cimentar a paz em todo o seu território.
“É um grande desafio que se coloca a Timor-Leste o facto de poder vir a integrar esta organização regional. Contudo, fortalecer a paz no país através da reconciliação é uma situação sine qua non para fazer parte da organização”, disse Ramos Horta ao Timor Post.
Segundo o diplomata, apesar de Timor-Leste ter vivido nos últimos quatro anos numa situação política de incerteza, não registou até a data nenhum ato de violência que pudesse pôr em causa a estabilidade do país.
Horta pediu, por isso, aos líderes do país que mantenham a estabilidade com vista a apoiar o processo de adesão.
“Evidentemente que qualquer cidadão que venha a assumir o cargo de Presidente da República, deverá pôr na sua agenda a questão relacionada com a adesão de Timor-Leste à ASEAN”, referiu.
O ex-Chefe de Estado expressou ainda o seu desagrado pelo facto de Timor-Leste ter optado por se abster-se na questão referente à situação política em Myanmar na Assembleia-Geral da ONU.
“Eu e outros líderes da Malásia, Indonésia e de Singapura ficámos descontenetes com a posição de Timor-Leste na ONU. Recebi inúmeras reações e críticas acerca da sua tomada de decisão, pelo que fiz um comunicado ao país, alertando para não pôr em causa a minha reputação”, criticou.
Ramos Horta afirmou, por último, que o país ainda necessita de aperfeiçoar determinadas condições para que possa ombrear com os membros de outras nações em reuniões e cimeiras regionais. (kyt)
420 total views, 3 views today






