Morreu em Portugal nesta sexta-feira o ex-chefe de Estado português, Jorge Sampaio, presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006. Sampaio destacou-se pela forma como acompanhou a transição de Macau e o processo da independência de Timor-Leste.
Jorge Sampaio, que tinha 81 anos, estava internado no Hospital de Santa Cruz, na capital portuguesa, desde o dia 27 de agosto, depois de ter sentido dificuldades respiratórias.
Nascido em Lisboa em 1939, foi eleito em 1989 líder do Partido Socialista português. Na mesma época, foi também eleito presidente da Câmara de Lisboa e reeleito em 1993.
Depois da passagem pela Presidência da República, Jorge Sampaio foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose. Entre 2007 e 2013, ele foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Jorge Sampaio fica na história pela forma como dirigiu a transição de Macau e o processo da independência de Timor-Leste, sendo agraciado com o Grande Colar da “Ordem de Timor-Leste”, em “profundo reconhecimento” pela “solidariedade e apoio ativo” na luta pela independência.
Na visita ao país, em 2000, o ex-presidente português comprometeu-se a “reconstruir esta pátria destruída” e a “arranjar emprego e escolas para as crianças de quem depende o futuro de Timor”.
Ramos-Horta, ex-presidente timorense, recordou em entrevista um homem que sempre esteve ao lado do seu país.
“Estive com ele inúmeras vezes. Nos anos mais difíceis de Timor-Leste, nos anos mais esquecidos, em que Timor não era matéria de primeira página nem em Portugal, quanto mais no resto do mundo. Jorge Sampaio desde cedo, pela sua alma, pela sua personalidade de humanista, sempre se preocupou e se solidarizou com Timor-Leste”, recordou Ramos-Horta. (RFI)
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