DÍLI (Timor Post) – O Coordenador da Asia Justice and Rights (AJAR), Inocêncio de Jesus Xavier, desafia o Ministério Público (MP) a investigar o processo de aquisição do navio Haksolok, por entender que há “fortes indícios de crime organizado”.
Apesar da firma estar falida, o Governo transferiu verbas adicionais para a conclusão do navio.
“A empresa construtora do Haksolok já entrou em bancarrota, mas o Governo mantém o acordo com a mesma, transferindo um orçamento adicional para a finalização da construção do navio”, disse Inocêncio Xavier, ao Timor Post.
Segundo o mesmo responsável, o Executivo não devia ter alocado mais verbas, uma vez que a compra do Haksolok já foi investigada pela Comissão Anti-Corrupção (CAC) e enviada ao MP para dar seguimento ao caso.
“De acordo com as informações da CAC, o processo de investigação de Haksolok já foi concluído. Cabe agora ao MP processar o ex-Presidente da Autoridade da Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno, Mari Alkatiri, e o atual Presidente do enclave, Arsénio Bano, que celebrou o contrato de compra e que garantiu que o navio viria para Timor-Leste”, concluiu.
Académicos criticam CAC e PDHJ
O docente de Ciência Política da Universidade Nacional Timor Lorosae, Camilo Ximenes Almeida, considera que a CAC e a Provedoria dos Direitos Humanos e Justiça (PDHJ) não são capazes de desvendar o caso.
“Já lá vai muito tempo e este problema continua por resolver. O Governo já gastou um balúrdio na construção deste navio. Quando é que poderão pôr termo a isto?”, questionou?
Hugo Lourenço da Costa, académico da Universidade de Díli, pede ao Executivo que “não transforme este processo em matéria de campanha política partidária para ganhar o poder”. (61L/asb)
1,109 total views, 6 views today
Bele hare Video Seluk :