Díli – O deputado Adérito Hugo do partido Congresso Nacional para Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) acusa o Governo de ter escolhido empresas do mesmo grupo partidário para a distribuição da Cesta Básica.
“Peço um favor ao Vice-Primeiro-Ministro, José Reis, que assista com os seus próprios olhos à forma como os ministérios [responsáveis pela Cesta Básica] colocam os bandidos para coagirem as empresas de outros partidos a não se envolverem na distribuição da Cesta Básica. Isto, para mim, trata-se de uma politização”, disse o parlamentar, durante o plenário, nesta terça-feira (12/01).
Adérito Hugo, enquanto representante do povo, mostra-se descontente com esta situação.
“O cenário ocorre em Díli. Cada ministério está a determinar quais projetos é que pretende oferecer aos seus grupos. É uma situação triste, pois misturamos agora o interesse do povo com a política”, lamentou.
Segundo o deputado, o Governo atribuiu também a Cesta Básica a empresas que não são do setor agrícola.
“O Governo não deu oportunidade aos empresários desta vertente para distribuírem diretamente a Cesta Básica, mas sim aos que só aguardam projetos de construção. O que é isto? Conheço alguns deles. Os investidores agrícolas são depois contratados. Por que é que não os contratam diretamente?”, questionou.
Já a deputada Virgínia Ana Belo, também do CNRT, disse que, embora a Cesta Básica, segundo o Executivo, tenha como objetivo motivar os agricultores, tal não sucedeu, beneficiando apenas os empresários.
“Os fornecedores da Cesta Básica adquiriram os produtos locais a preços muito baixos e venderam-nos ao dobro do valor. A culpa é de quem? Não podemos atribuir culpa às empresas, mas o Executivo é que deve fazer um controlo. Os artigos importados dominam também, ainda mais bens sem qualidade. Então, estamos a recuperar a economia do país ou do nosso vizinho? O nosso dinheiro sai todo para estrangeiro”, afirmou. (jry)
681 total views, 3 views today
Oinsa Ita nia Reaksaun iha Notisia Nee?
Bele hare Video Seluk :
Sorry, there was a YouTube error.