Díli- O café de Timor-Leste tem estado mais presente no mercado nacional, o que faz com que a importação do café da Indonésia, com a marca Tugu Buaya, esteja em queda.
O Diretor-Geral da Indústria e Cooperativas do Ministério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI), António da Costa, disse que, embora o consumo do café timorense tenha apresentado sinais positivos, devem efetuar-se mais análises, dado que a produção do café no país se tem ressentido nos últimos anos.
“O Governo tem uma política que visa eliminar a importação do café Tugu Buaya. A produção do café local tem sofrido anualmente uma quebra. É preciso, por isso, averiguar criteriosamente a produção anual em todo o território. Não podemos acabar com a importação, mas devemos adotar medidas que contribuam para a sua redução”, afirmou aos jornalistas, na passada sexta-feira (21/02), em Bebora.
António da Costa mostrou-se ainda satisfeito pelo facto de o Executivo aplicar medidas que visam reduzir a importação do café indonésio. Salientou ainda que, caso o país consiga produzir em quantidade suficiente, a política da eliminação da importação de café poderá ser consumada.
“Estamos felizes por a maioria dos timorenses consumir o nosso próprio café. Apesar de a população de Suai ainda consumir o café Tugu Buaya e as lojas em Maliana continuarem a vendê-lo, por se encontrarem perto da fronteira com a Indonésia, acreditamos que o consumo desta marca irá desaparecer aos poucos no mercado”, garantiu.
Também Siu Peng Lay, vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL), que trata dos assuntos relativos às pequenas e médias empresas, elogiou o trabalho do Governo na redução da importação do café Tugu Buaya em solo timorense.
“Existem muitos timorenses com criatividade que produzem café expresso. O Executivo deve, como tal, apoiar frequentemente os pequenos negócios, uma vez que o setor privado está igualmente a acompanhá-los”, referiu.
Siu Lay afirmou também que, embora a venda do café de Timor tenha tido uma forte expressão no mercado, o país continua a enfrentar problemas quanto ao volume de produção, dado que têm existido oscilações todos os anos. (jxy)
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