DÍLI- O docente e padre Martinho Gusmão disse, esta terça-feira (25/02), que a decisão tomada pelo Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, em deixar a Aliança de Maioria Parlamentar (AMP) constitui um ato de coragem e de exemplo para outros líderes timorenses.
“Taur Matan Matan Ruak é um exemplo, porque ‘se as pessoas já não me aceitam, saio’. Isto foi o que Taur quis mostrar a todos. ‘Apesar de ser Primeiro-Ministro, se não me aceitarem, tal como um casal com ideias opostas, divorciamo-nos”, disse.
O docente coloca ainda reticências quanto aos membros indigitados sem posse constituírem a única solução para pôr termo ao impasse político que o país atravessa.
“Consideramos os sete [elementos do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste] como parte de uma solução ou de um problema? Se estes membros forem a causa do problema, é melhor, então, não continuarem”, disse o padre, na cerimónia da tomada de posse da Associação de Jornalistas Timorenses (AJTL), em Caicoli.
Martinho Gusmão defende, por isso, que a nova coligação, formada por seis partidos, deveria apresentar uma lista, da qual não fizessem parte os nomes em causa por não terem a confiança do Presidente da República.
“Para mim, o que mais importa é a qualidade moral dos líderes. Quando alguém já não deposita confiança em nós, é melhor não pressionarmos. Em contrapartida, se houver confiança, poderão avançar, pois não constitui qualquer entrave”, afirmou.
“Tenho receio que estes mesmos elementos indigitados venham a assumir cargos de chefia. Poderão ou não resolver os problemas?”, questionou. (isa)
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