Díli (Timor Post) – A comunidade da Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno manifesta tristeza por não aceder ao mercado devido à pandemia da covid-19.
Recorde-se que a crise sanitária mundial do novo coronavírus obrigou também o Estado de Timor-Leste à aplicação de medidas de prevenção, como o estado de emergência, cerca sanitária e confinamento domiciliário obrigatório em todo o território, limitando, assim, o livre movimento de inúmeros cidadãos não vacinados.
“A pandemia tem prejudicado tudo. Plantamos hortaliças, mas não temos lugar para as vender. Por ainda não estarmos vacinados, não podemos ir ao mercado. Mesmo que já estejamos vacinados, ninguém compra o que vendemos, pois ninguém tem dinheiro”, lamentou uma das representantes da comunidade, Blandina Caub, esta terça-feira (02/11), aos jornalistas, no mercado de Tono, na RAEOA.
Blandina disse não culpar o Executivo timorense, visto que a doença afeta todas as nações, frisando apenas o acesso à liberdade de movimentação.
“Necessitamos apenas da liberdade de circulação para podermos tratar da nossa vida diária. Ninguém, sobretudo os líderes da RAEOA, deve ser culpado relativamente à crise sanitária que afeta todo o mundo”, referiu.
Já um outro residente da RAEOA, Nicodemos Colo, disse estar farto da situação sanitária.
“Há já dois anos que os nossos produtos não são vendidos no mercado. Assim, enfrentamos dificuldades em mandar dinheiro aos nossos filhos em Díli”, destacou.
Nicodemos acrescentou, por último, que os produtos que costuma vender no mercado são hortaliças, mandioca e animais, como porcos, cabritos e frangos. (ono)
813 total views, 3 views today
Bele hare Video Seluk :