DÍLI – Apesar de a Secretaria de Estado da Proteção Civil (SEPC) ter alertado para a eventualidade de o fenómeno La Niña chegar, a partir de outubro, a Timor-Leste, são várias as escolas que dizem não estarem devidamente preparadas.
Queixam-se do facto de terem sido vítimas das cheias ocorridas nos últimos dois anos sem que o Governo tivesse feito qualquer tipo de intervenção.
“Em dois anos, a nossa escola foi gravemente afetada pelas inundações. Várias carteiras, materiais didáticos e outros equipamentos foram danificados, porque entrou areia até ao teto”, informou o Coordenador da EBF de Casnafar, Alarico António, ao Timor Post, esta quinta-feira (23/09).
O responsável confirmou, entretanto, que o Ministério da Educação, Juventude e Desporto (MEJD) teve já conhecimento do problema.
“Já expusemos as nossas preocupações junto do MEJD, mas não houve, até a data, nenhuma resposta. Quando ocorrer novamente inundações semelhantes aos dos anos anteriores, provavelmente não poderemos fazer nada”, avançou.
Preocupado também está o diretor da Escola 4 de Setembro UNAMET de Díli, Sérgio da Cruz, que por duas vezes viu o seu estabelecimento de ensino ser danificado.
“A sala da turma oito é normalmente invadida pelas águas e lama, sempre que chova. Contamos com o apoio financeiro de Encarregados de Educação em obras de reparação e ações de limpeza. Porém, as verbas já foram todas gastas e agora ficamos sem dinheiro”, disse.
Sérgio da Cruz destaca, por isso, a necessidade de uma intervenção imediata do Governo.
Recorde-se que 16 escolas em Díli sofreram danos consideráveis resultantes das chuvas intensas que caíram no passado dia 4 de abril deste ano. (ono)
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