Díli – A delegação do Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) do Município de Baucau pede aos agricultores que recorram ao sistema tradicional para o combate à lagarta do cartucho do milho (ular tentara, em tetúm), que está a causar danos nas culturas em quase todo o território, usufruindo das formigas como inimigos naturais da praga.
“Reconheço que há uma praga de insetos que está a destruir o milho, mas, neste ano, não temos um número suficiente de químicos para o seu combate. Peço, por isso, aos agricultores de Baucau que utilizem o coco ralado e a semente da nogueira de Iguape para atrair as formigas de forma a matar as lagartas”, explicou Leonor de Almeida Araújo, representante da delegação do MAP do Município de Baucau, ao Timor Post, na passada sexta-feira (15/01), no seu local de trabalho.
Segundo a responsável, a referida praga é de extremo perigo, já que pode pôr numa só noite entre um e dois mil ovos.
Leonor de Almeida solicitou igualmente ao Governo que disponibilizasse uma verba suficiente para o MAP de modo a permitir a aquisição de químicos para o combate à praga e impedir uma possível redução na produção de milho no país.
A mesma situação afeta os agricultores do Suco de Bobometo na sub-região de Oé-Silo do enclave de Oécusse.
“Os agricultores de Oé-Cusse debatem-se com o mesmo assunto. A praga ataca o milho desde o seu crescimento e a sua floração está ameaçada. Pedimos, como tal, ao Governo que preste atenção ao nosso problema”, apelou Bento Bobo, agricultor do suco de Bobometo, ao Timor Post, via telefone, nesta terça-feira (19/01).
Também o deputado da Fretilin Alexandrino da Cruz afirmou, nesta segunda-feira (19/01), que cerca de 115 hectares do milho, no Posto Administrativo de Fatululic do Município de Covalima, foram invadidos pela lagarta em causa.
“Encontrei alguns agricultores em Fatululik e informaram-me que uma praga de lagartas do cartucho do milho já destruiu cerca de 115 hectares de milho”, disse o deputado da bancada Fretilin Alexandrino Cardoso, no plenário Parlamento Nacional.
O parlamentar pediu, por isso, ao MAP que procurasse dar resposta ao problema da praga, salientando que os agricultores já apresentaram esta questão à delegação do MAP no Município de Covalima, mas ainda não obtiveram resposta.
Alexandrino Cardoso acrescentou, por último, que, caso a praga destrua todo o milho e outros produtos plantados pelos agricultores, poderá haver fome.
Segundo os dados apurados pelo Timor Post, o mesmo cenário verifica-se ainda em algumas hortas de Díli.
Respondendo à questão, o Ministro dos Assuntos Parlamentares e Comunicação Social, Francisco Jerónimo, disse que dirigiria a questão ao ministério relevante. (gut/jry)
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